Saúde e educação no trabalho com qualidade de vida: Se toque, mais!
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Saúde e educação no trabalho com qualidade de vida: Se toque, mais!

Content Team Voxel Digital
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Tempo de leitura: 4 minutos

A saúde, qualidade de vida e educação no trabalho são caminhos que devem seguir em conjunto, colaborando para uma vida melhor.

 

“Pense como uma montanha”, afirmou o filósofo norueguês Arne Naess (1912-2009)e que virou base para um conceito de “ecologia profunda”, cunhado nos meados da década de 70. Esse pensamento delineou o conceito de que fazemos parte do todo, da natureza – uma discussão tão em voga nos movimentos ambientalistas e socioeducativos compartilhados em todo o mundo por meio da internet e redes sociais na atualidade, e uma das bases da maioria dos pensamentos e formulações que direcionam programas de saúde e bem-estar e bibliografias de auto-ajuda.

Mas o quê a filosofia nos traz como reflexão quando pensamos em saúde no trabalho e qualidade de vida?

“Pensar como uma montanha” é compreender que fazemos parte do todo, de uma biosfera e, ao mesmo tempo, tomarmos consciência que temos responsabilidades em relação ao ambiente e a todos os demais seres vivos, e ao nosso próprio corpo. É compreender que só poderemos estar bem, produzir e viver se pensarmos nossas necessidades em longo prazo, e não apenas sobreviver freneticamente guiado pelo famoso slogan do consumo de que “o futuro é aqui”, e fenecer.

Pensar sobre o que significa “Saúde no trabalho e Qualidade de vida”, hoje, vai muito além das Normas Regulamentadoras, ISO ou OSHAS determinadas pela legislação do país (e que, sem dúvida, deve ser considerado um avanço laboral-social). Mas pensar que estamos conectados fora e dentro do ambiente de trabalho torna-nos muito mais conscientes do nosso papel produtivo, profissional, social e ambiental, concorda?

Isto significa a representação e a concretização de um comportamento proativo e essencial na qualidade de nossas vidas no tocante ao nosso papel no mundo, e no mundo do trabalho. Desta perspectiva, cuidar da saúde é muito mais do que um ato individualizado, e sim, um ato de comunhão que se reflete na energia individual, na energia das pessoas à nossa volta, da nossa família, dos nossos colegas e equipe de trabalho, da nossa empresa, da nossa comunidade e do país onde vivemos.

Se tocar? Se tocar, mais? Isso mesmo!

Somos diariamente bombardeados com listas de recomendações, manuais e literaturas que nos orientam de como devemos ser e fazer para sermos felizes e termos o tão almejado bem-estar; como e o quê devemos comer para termos longevidade; como devemos nos exercitar fisicamente; como fazer para amar e sermos amados em cinco dicas; como devemos educar nossos filhos, como devemos nos comportar no ambiente de trabalho e nos relacionarmos com os colegas, amigos e com as nossas crenças; uma massa de informações sem fim e que nos atordoam.

Damos conta? Mas o que dizer de todas essas “fórmulas de felicidade” sem a consciência de “pensarmos como uma montanha”?

A consciência vem de uma decisão interior: a de assumirmos uma atitude que começa com pequeninas ações que se reverberam, ecoam, refletem, criam associações, ligações e conexões com as pessoas mais próximas, nos nossos lares e no lugar onde trabalhamos e trocamos nossas energias, onde passamos a maior parte do nosso tempo, produtivos e vivos!

Mudar as atitudes e propósitos na vida é um grande e enorme desafio, mas não é impossível! Nietzsche (1844-1900) afirmava que o homem superior é aquele que conseguia vencer seus inimigos internos, sugerindo que nós só poderemos ser derrotados por nós mesmos. Também é possível afirmar que com a sinergia de virtudes como a volição, a motivação e temperança, o amor, o cuidado e a sabedoria teríamos alguma chance. Diariamente somos assombrados pela eminência dos possíveis fracassos pelas perdas profissionais e financeiras, pelas perdas afetivas e dúvidas existenciais num mundo cada vez mais acelerado, complexo e permeado pelas tecnologias.

Mas e as tecnologias? Elas podem nos ajudar?

 

Obviamente não podemos ser simplistas e não podemos avaliar toda a extensão e as variáveis e inter-relações envolvidas nessa questão em apenas uma resposta, mas podemos continuar no mesmo enfoque e assumir que pequenas atitudes que interferem e ajudam na maneira como “pensar como uma montanha”.

Se tivermos um programa no nosso PC, um aplicativo no tablet ou no smartphone ao nosso alcance, e que nos auxilie a estarmos conscientes de nossa respiração e do nosso corpo de maneira centrada, e que nos possibilite a recuperação de forças vitais para nos reconectar e sermos produtivos, a resposta é sim! No ambiente laboral, no grupo ou equipe de trabalho isso fará toda a diferença. “Se tocar” e “Se tocar, mais!” aqui, significa estarmos em contato com o nosso interior/exterior, significa conectarmos com as nossas necessidades mais vitais e estarmos aptos à realização, e quem sabe “sermos felizes”, no sentido mais popular da expressão se considerar que o acesso e as tecnologias é um processo sem volta da nossa realidade.

Existem programas e aplicativos que estão voltados para este sentido do bem-estar e disponíveis para ajudar, colaborar nessa conexão que parece simples, mas que nem todas as pessoas têm consciência. Aliás, é possível afirmar com certa tranqüilidade que a maioria das pessoas não está consciente, e poderemos apontar um cem números de motivos. Portanto, é possível encontrar caminhos que estão aí, ao nosso alcance para “pensarmos como uma montanha”, e reafirmar o que poeticamente Fernando Pessoa (1888-1935) nos escreveu:

“Não vieste à terra para perguntar

Se Deus, vida ou morte existem ou não.

Pega a ferramenta para trabalhar

Pondo na tarefa cada pulsação.

Ferramentas tens, não procures em vão –

Saúde, fé em ti, arte eficiente,

Capacidade, poder de expressão,

Coração sensível e força da mente.”

 

O artigo representa somente a opinião do articulista.

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