Indo além das “telas” no Digital Signage: a experiência do consumidor

Daniela Leite
Tempo de leitura: 5 minutos

Quando se pensa em Digital Signage, a primeira coisa que vem à mente são “telas”, certo? Essa é a principal associação que as pessoas fazem em relação a essa tecnologia. Não está incorreto, mas talvez agora seja o momento de pensar um pouco fora da caixa e focar na experiência do consumidor

O que uma tela pode ter de especial? Se você respondeu “alta resolução”, “ser moderna”, “ocupar uma grande área para chamar a atenção”, provavelmente está em um caminho enganoso.

Pense comigo. As pessoas estão acostumadas a telas. Hoje, em vários ambientes encontramos displays anunciando as mais variadas coisas. O que faz, então, esse meio de comunicação ser especial? O que faz uma tela ser relevante?

É o que vamos discutir no post de hoje. Acompanhe!

Focar na experiência do consumidor é a tendência para Digital Signage. (Arte: Diana Coelho)

O consumidor deseja… Experiência marcante!

Bom, provavelmente você já se deparou com pesquisas e notícias que mostram que, cada vez menos, as pessoas têm tempo livre disponível.

Isso significa que, de alguma forma, elas desejam aplicar o pouco tempo que possuem em experiências relevantes. Buscam ser impactadas de forma inovadora, criativa, diferenciada.

Essa é a tendência que a Comunicação deve seguir, sempre levando em consideração a experiência que proporcionará ao consumidor. E tudo começa com o conteúdo, é claro.

Aqui estão algumas dicas sobre como criar um conteúdo relevante e matador em meio ao “mar” de informações que as pessoas recebem todos os dias:

1. Defina um objetivo para sua mensagem

Pense, primeiramente, na ação que você quer que seu público tenha após o contato com suas telas. Mas nada muito genérico. Defina objetivos específicos, para que sua mensagem seja clara, tenha um entendimento instantâneo e gere maior retorno positivo. Por exemplo, se a tela for direcionada ao marketing, ela não terá o simples objetivo de “vender” produtos. Ela poderá fazer com que as pessoas conheçam determinado produto; saibam de uma promoção específica, etc.

Portanto, pensando em objetivos específicos, uma ação publicitária ou informativa precisa ter:

  • Foco: a mensagem deve ter um ponto principal, mostrando um produto/ conceito específico. Uma informação por vez;
  • CTA: o call to action é muito importante, uma vez que é o elemento que direcionará o consumidor para determinada ação. Tenha em mente que um único CTA tem mais chances de sucesso, pois não deixa uma gama de opções muito vasta e conduz melhor o consumidor à decisão final;
  • Formato atrativo: para algumas campanhas, vídeos podem ser mais atrativos, para outras, fotos, e assim por diante. Variar os formatos pode ser interessante para sua estratégia.

2. Timing é tudo!

Você sabia que as pessoas não costumam gastar mais que 15 segundos assistindo a um vídeo nas redes sociais? Esse é o motivo pelo qual o Instagram, por exemplo, limita o tempo dos vídeos lá publicados para até 15 segundos.

Imagine, então, em um corredor de um shopping ou nas ruas, por exemplo! As pessoas estão de passagem e raramente vão parar em frente às telas para assistir mais que poucos segundos de vídeo.

Essa observação é importante pois, em ambientes com múltiplos estímulos, capturar a atenção das pessoas se torna mais desafiador. O conteúdo das telas de Digital Signage deve ser delineado partindo-se do fato de que, na maioria das vezes, haverá pouco tempo para conquistar o público.

Um erro pode ser pensar que, devido a essa demanda por instantaneidade, é preciso transmitir muitas informações de uma só vez. Pelo contrário, nesse momento, preze pela objetividade e mais apelo visual. Esses fatores farão toda a diferença. O tempo curto não significa, necessariamente, um empecilho para se criar um conteúdo envolvente e atrativo. Muitas vezes, imagens e chamadas criativas serão tudo que você precisará para ser entendido e gerar engajamento.

3. Evite áudio ou música

Tudo depende do contexto, é claro. Sabemos que uma trilha ou efeitos sonoros podem, muitas vezes, atrair a atenção das pessoas. O uso ou não desses elementos deve considerar os ruídos do local onde estará a tela. Se estiver em um ambiente ruidoso, ou que as pessoas não se aproximem muito da tela, o recomendado é que o entendimento da mensagem seja mais visual e não tanto auditivo.

A maioria das telas de Digital Signage prioriza o visual, mas isso pode variar. Se optar por utilizar o som, certifique-se de legendar o conteúdo para que todos possam compreendê-lo.

Como usar o potencial das telas para a experiência do consumidor

Além do conteúdo otimizado, como melhorar ainda mais a experiência de Digital Signage? É preciso pensar no uso estratégico do hardware, a parte “física” do sistema, prezando por uma boa ambientação dos displays. Isso quer dizer que a experiência do consumidor está atrelada também a como as telas se posicionam no ambiente e a como ele pode interagir com elas. Vamos a mais detalhes? Acompanhe!

4. Posicionamento e dimensões

Considerando os propósitos do seu projeto de Digital Signage e a área onde ficarão as telas, é importante pensar em displays que realmente se ajustem ao contexto.

O ideal é não exagerar ou minimizar demais nas dimensões dos painéis, ou na quantidade deles. O conceito de “blend in”, ou seja, harmonizar um objeto com seus arredores, faz toda a diferença para a percepção sensorial do público. Em locais amplos, como exposições e shoppings, por exemplo, telas grandes melhoram a visualização do conteúdo. Já em ambientes internos, pode ser que telas menores sejam suficientes.

Esse é o momento de pensar também na resolução de imagem adequada (como HD, Full HD ou até mesmo 4k), na leveza do monitor e outras características do hardware.  A alta resolução é recomendada para o caso de telas que serão vistas de perto, como ocorre em ambientes menores ou nas telas interativas. Caso contrário, de longe, as diferenças entre as resoluções podem nem ser percebidas, e você pode estar investindo em uma tela 4k, por exemplo, sem necessidade.

Muitos critérios para pensar? A boa notícia é que todos esses parâmetros podem ser avaliados por equipes profissionais que, além de oferecerem a tecnologia do Digital Signage, podem elaborar projetos personalizados para cada ambiente.

5. Interatividade

Não precisamos nem dizer que essa é uma grande tendência, certo? A interatividade já é frequentemente valorizada quando se fala em experiência do público. Por interatividade, queremos dizer telas touch nas quais as pessoas podem navegar em aplicativos e sites, para utilizar um serviço ou informação.

Essa tendência, por si só, não garante sucesso. Ela precisa estar aliada a fatores que facilitem a navegabilidade e ser amigável ao usuário, para que todos possam utilizá-la.

Uma outra possibilidade é combinar a interatividade a fatores de personalização, que veremos no tópico a seguir.

6. Personalização

Você sabia que sua tela de Digital Signage pode transmitir conteúdos personalizados para quem estiver em frente a ela?

Isso é possível graças ao recurso de reconhecimento facial, que identifica, por exemplo, idade e gênero das pessoas. A partir desses dados, é exibido na tela e o que puder ser interessante para aquele determinado perfil. Isso cria maior engajamento, pois aumenta as chances de entrega de conteúdo relevante para cada público.

A responsividade do conteúdo também pode ser determinada por outros gatilhos, como horário, clima, trânsito, e por aí em diante.

Interessante, não é? Por isso que Digital Signage é muito mais do que telas! Utilize esses recursos para inovar e criar algo que seu consumidor nunca viu igual, afinal, as possibilidades são infinitas. Conheça nossas soluções de Digital Signage.